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13 de outubro, 2020

Seu filho aprendeu a dormir?

Seu filho aprendeu a dormir?

Ao longo da história, nós nunca ensinamos nossas crianças a dormir.

Ensinamos a andar com segurança, a comer na hora certa, a expressar suas opiniões, mas a dormir, a pegar no sono, a se acalmar para repousar, nunca!

As crianças dormem por cansaço, por exaustão física e mental.

Quando atingem a adolescência, continuam não sabendo dormir, mas seu estado fisiológico muda, seu ciclo circadiano se altera e, naturalmente, passam a sentir sono mais tarde e irão dormir bem depois do que os adultos da casa.

Mas boa parte desses adolescentes precisa acordar muito cedo para ir à escola. Às sete da manhã já precisam estar em classe, atentos, prestando atenção.

E com apenas 6 horas de sono, o cérebro ainda está cansado. E um cérebro cansado usa todas as suas reservas de energia apenas para se manter acordado, e não para se manter atento.

Por isso, o deficit de atenção é cada vez mais crescente entre os nossos adolescentes.

É comum notar crianças com bom rendimento escolar na infância, chegando na adolescência com piores notas. Em grande parte, o problema é um só: falta de um sono realmente restaurador.

Já em 2014, a National Sleep Foundation descobriu que 87% dos estudantes do ensino médio dos EUA dormiam menos do que as 8,5 ou 9,5 horas recomendadas nas noites de semana.

Com base nessa pesquisa, a Associação Americana de Pediatria estabeleceu então novas diretrizes para o horário de início das aulas.

As medidas começaram a ser experimentadas e adotadas em algumas cidades, mas foi o Conselho Escolar de Seattle que levou a coisa mais a sério e adiou o horário de início das aulas para depois das 8h30.

Segundo o sindicato dos professores de Seattle, a proposta de mudar o horário do sinal de entrada é o resultado de uma iniciativa comunitária baseada em pesquisa e vem melhorando o aprendizado, a saúde e a equidade para milhares de estudantes da cidade.

A experiência de Seattle vem influenciando toda a rede de ensino escolar americana, gerando inclusive projetos de lei que tornam obrigatórios os horários de início posteriores nas escolas.

Conforme comunicado à imprensa da deputada Zoe Lofgren, uma das defensoras da causa do início tardio das aulas, ”os estudantes nos Estados Unidos não dormem o suficiente à noite e isso afeta não apenas o desempenho acadêmico, mas também a saúde, a segurança e o bem-estar.”

Ela tem razão. Pois esse hábito de dormir pouco durante a adolescência, prossegue quando o indivíduo sai da escola e ingressa no mercado de trabalho, muitas vezes morando distante do emprego e envolvido por uma cultura de competitividade profissional, que o levam a encarar o sono como desperdício de tempo.

Mas aos poucos, sua performance profissional ou sua saúde (o que é pior) mostrará o equívoco desse hábito.

Dormir é extremamente necessário. Só dormindo bem, você poderá fazer o seu melhor.

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