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06 de outubro, 2021
Nada assusta mais um pai do que a ainda pouco explicada Morte Súbita e Inesperada do Bebê (SUID – Sudden unexpected infant death). Pais de primeira, segunda ou décima quinta viagem pesquisam incansavelmente como deixar o sono do bebê mais seguro, se levantam com frequência para constatar que a respiração do recém nascido está normal e nem assim conseguem ficar tranquilos.
Não existem dados nacionais oficiais sobre os casos de SUID, mas estima-se que eles atinjam a marca de 1 a cada 10 mil nascimentos. Isso equivale a 268 episódios por ano no Brasil, considerando a quantidade de crianças nascidas em 2020.
Para reduzir esse número, conhecimento é o mais importante.
A Morte Súbita e Inesperada do Bebê, também chamada de Síndrome da Morte Súbita do Lactente ou “Morte do Berço” se refere ao óbito que ocorre durante o sono de crianças com menos de 1 ano de idade e cuja história clínica, exame físico, necropsia e exame do local do óbito não são capazes de demonstrar a causa específica da fatalidade.
Casos de SUID podem ser divididos em três categorias:
As dicas abaixo são de um guia de diretrizes de segurança do sono do bebê da Academia Americana de Pediatria.
Antes de completar um ano, o bebê deve sempre dormir na posição de barriga pra cima (supinada). Isso não aumenta o risco de engasgar ou aspiração nas crianças, pois a anatomia das vias aéreas tem mecanismos de proteção.
A posição pronada (de barriga para baixo) é apenas para quando o bebê estiver acordado e sob observação integral. O tummy time, ou tempo da barriguinha, é até positivo para despertar a curiosidade da criança e ajudar a fortalecer o pescoço.
Em alguns casos de recém-nascidos com refluxo gastroesofágico, o médico pode recomendar o sono de barriga para baixo.
Deixe o ambiente fofinho para quando a criança já tiver mais idade. A criança deve dormir em um colchão firme, que não se molde ao seu corpo, para reduzir o risco de sufocamento.
Por esse mesmo motivo, menores de um ano não devem usar travesseiro e nem dormir na cama dos pais, cujo colchão pode não ser o mais adequado.
O berço do bebê deve ser escolhido pela segurança e não pela estética. O bercinho deve ser certificado pelo INMETRO (veja aqui as regras), que impõe regras como limitação de 60 mm entre as grades. Isso evita que a criança coloque a cabeça e fique presa.
Os pais também não devem colocar bichinhos de pelúcia, cobertas fofas e protetor de laterais no berço. Tudo isso reduz o risco de sufocamento.
Lençóis devem ser bem ajustados ao colchão, sem ficar escapando.
Idealmente, durante o primeiro ano de vida (especialmente nos primeiros seis meses) a criança deve dormir no mesmo quarto que os pais, porém não na mesma cama. Isso pode reduzir o risco de morte súbita e inesperada em até 50%.
Além disso, estar no quarto com adultos pode ajudar na prevenção de sufocamento e estrangulação.
Enfermeiras de obstetrícia e maternidade são altamente treinadas em segurança do sono do bebê. Tire todas as dúvidas e pergunte a mesma coisa quantas vezes for necessário.
Se possível, tenha o contato de um profissional da saúde especialista para dificuldades ou dúvidas de última hora.
Veja mais algumas dicas para deixar o sono do bebê mais seguro:
São pequenos detalhes que deixam o sono do bebê mais seguro. Boa noite.
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