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09 de agosto, 2021

Como identificar os sintomas de um distúrbio do sono

Como identificar os sintomas de um distúrbio do sono

Aqui vão duas informações: mais de 40% dos brasileiros sofrem de algum distúrbio do sono, mas a maioria deles nunca foi diagnosticado. Essa proporção de desconhecimento pode chegar a 75% no caso de distúrbios como a narcolepsia, que mesmo atrapalhando consideravelmente a rotina diária do paciente acaba sem uma confirmação diagnóstica precisa. 

A consequência de um distúrbio do sono não diagnosticado é um distúrbio do sono não tratado, o que pode trazer consequências a longo prazo para uma pessoa, como o aumento de risco de doenças como diabetes, pressão alta e derrames, além de antecipar o envelhecimento.

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De acordo com a Pesquisa Acorda, Brasil!, desenvolvida a pedido do Persono com a MindMiners e a consultoria Unimark/Longo, o assunto dormir não aparece na anamnese de 58% das consultas médicas no país. O dado pode indicar o porquê de tantas pessoas não saberem que têm um distúrbio do sono.

Nós nos acostumamos a dormir mal e isso não deveria ser assim. Como sociedade, passamos a enxergar o descanso como um sinal de baixa produtividade e ignoramos os sinais que o nosso próprio corpo nos manda. O sono ruim é uma das nossas pandemias contemporâneas e nós mesmos percebermos isso é fundamental para que seja posto um ponto final nesse círculo vicioso anti-saúde. 

Por isso, separamos nesse post alguns “sinais” que o nosso corpo manda quando o “não dormir bem” é muito mais do que uma noite ruim, e sim um distúrbio do sono. Se você tem percebido que o seu sono sofreu mudanças bruscas nos últimos tempos, não deixe de procurar um especialista.

Sinais que você pode ter um distúrbio do sono

Importante: apresentar um ou mais dos sinais mencionados abaixo não é um diagnóstico. Apenas um médico pode diagnosticar um distúrbio do sono e indicar o tratamento adequado. 

Caso você se sinta identificado com os sinais que estiverem nesse post, procure um profissional de saúde para relatar os sintomas e discutir os próximos passos, que podem ou não incluir a execução de exames como a polissonografia ou a actigrafia.

1. Dificuldade de pegar no sono ou de dormir uma noite inteira

Esses são os sinais clássicos de um caso de insônia: a dificuldade de começar a dormir e a impossibilidade de ficar dormindo por várias horas sem despertar diversas vezes. Eles representam os dois tipos mais comuns desse distúrbio do sono. 

A insônia é definida pela Classificação Internacional de Distúrbios do Sono como “uma dificuldade repetida de início, duração, consolidação ou qualidade do sono”.

+ Leia Mais: Quando procurar tratamento para insônia?

Pessoas que acordam muitas vezes durante a noite também podem sofrer de apneia do sono. Neste caso, os despertares estão relacionados à dificuldade de respiração.

2. Dormir demais

Evidentemente que depois de um dia cansativo ou quando está doente, você irá dormir um pouco além do costume. No caso de gripes e resfriados, por exemplo, esse sono extra inclusive ajuda a combater as infecções.

Mas quando esse sono extra é frequente e sem aparente explicação, pode ser sim sinal de um distúrbio de sono, mais especificamente de uma hipersonia.

3. Sonolência diurna excessiva

Não importa o quanto você durma: continua sentindo sono durante o dia e cai no sono sem sequer perceber. 

Isso também pode ser sinal de uma hipersonia, classificação de distúrbios do sono como a Narcolepsia e a Síndrome de Kleine-Levin, nos quais uma pessoa dorme horas a mais do que o considerado padrão e mesmo assim sente uma sonolência incontrolável, podendo cair no sono no meio das atividades rotineiras, até mesmo as perigosas.

4. Ronco frequente e muito alto

O ronco pode ser consequência do consumo de álcool, tabaco ou cafeína. Ele ainda pode ser ocasionado pela posição de dormir, obesidade ou alguma alergia. 

Por outro lado, roncar também pode ser sinal de apneia obstrutiva do sono, sobretudo quando acontece com muita frequência e é excessivamente ruidosa. Importante: nem todas as pessoas que roncam sofrem de AOS, mas todos que têm AOS roncam.

+ Leia Mais: Como parar de roncar

5. Movimentação excessiva das pernas e braços na cama

A Síndrome das Pernas Inquietas (SPI) é caracterizada pela incontrolável vontade de mexer as pernas podendo chegar aos braços. Esse movimento é involuntário. 

Essa necessidade pode vir acompanhada de sensações de formigamento, queimação ou fisgadas, atrapalhando a qualidade do sono e dificultando a continuidade da noite.

6. Aparecimento de problemas de saúde sem origem identificável

Ao lado da alimentação e da prática de exercícios físicos, o sono faz parte do chamado tripé da saúde.

A diminuição da qualidade do sono pode ser tanto consequência de um problema de saúde quanto o gatilho de outros. Por tanto, se você tiver problemas de saúde inexplicáveis, pode ser por um distúrbio do sono ainda não detectado.

7. Problemas de memória

O sono é fundamental para a criação e consolidação das memórias. É enquanto dormimos que o que aprendemos e vivemos durante o dia é “arquivado” definitivamente pelo cérebro. Por isso, pessoas que dormem pouco ou dormem mal costumam apresentar rapidamente dificuldades de memorização mesmo das coisas mais simples.  

Se você se reconheceu em pelo menos um dos sintomas acima, pode ser que você tenha um distúrbio do sono. A recomendação é que você comece um diário do sono e anote todos os dias como foi a sua noite e como você acordou. O diário manual pode ser substituído por versões mais modernas, como aplicativos ou um monitor do sono.

Essas informações são valiosas para o seu médico diagnosticar ou retirar a hipótese diagnóstica de um distúrbio do sono.

Boa noite.

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